quarta-feira, agosto 27, 2008

Sonho de Atleta

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Nos últimos 15 dias eu dormi mal. Dormi mal, mas satisfeito por ter podido acompanhar o melhor do esporte no mundo.
Parabenizo as meninas do vôlei e seu competente técnico José Roberto Guimarães, a surpreendente Maurren Maggi, o raçudo César Cielo, mas não somente a esses que ganharam ouro na Olimpíada. Merecem respeito os medalhistas de prata, os de bronze e também todos os que voltaram sem medalhar, pois ser atleta do Brasil não é tarefa fácil. Se não tiver pai rico então a batalha é bem mais barra pesada.
Eu na verdade acho muito engraçado cobrar medalha de atleta brasileiro. A gente não sabe nem o nome do cara, não sabe o "preço" que a pessoa pagou pra chegar ali e quer criticar, cobrar resultado. É injusto!
Salvo raras exceções, atleta de nível em nosso país é formado principalmente pelo apoio da família, dos amigos, de um ou uns técnicos apaixonados pelo esporte que "compram" o sonho do interessado, do talentoso.
O dirigente esportivo e o político que poderiam ajudar na descoberta e formação do esportista, só irão aparecer mais tarde, muito provavelmente no pódio como na foto das meninas aí acima.
Na televisão a gente vê falar em muito dinheiro destinado ao esporte, mas que não chega como deveria ao atleta. Onde vai parar essa dinheirama toda? Será que pára tudo no meio do caminho? Será?! Claro que pára.
Quem aí se lembra de ter tido natação, atletismo, fundamentos do vôlei, do basquete, do handebol nas aulas de Educação Física? Tirando natação, o restante eu até tive, mas faço parte de uma geração que infelizmente foi uma das últimas a ter isso em escola pública. Hoje em dia há muita escola que não tem quadra e nem material esportivo adequados. Escola que tem quadra fica muitas vezes restrita ao futebol de salão. A molecada gosta, é o que o professor pode ou quer dar e pra escola tá tudo bem, não recebeu orientação, programação nenhuma.
Politica esportiva no Brasil? Só se for em escola particular.

Ouvindo: Dream On Dreamer - The Brand New Heavies (Brother Sister)

2 comentários:

Fábio Babo disse...

acredito que o rapaz de terno na foto seja o Nuzman, acho que não é assim que se escreve, mais isso não vem ao caso...queria só lembrar que ele é um dos grandes responsáveis pelo vôlei ser o mais organizado dos esportes brasileiros, contando com uma estrutura mais coesa do que a do futebol...ele não faz o tipo de pessoa que só quer sair na foto...procure se informar e sabera...e se não for o Nuzman na foto, faça de conta que não escrevi esse comentário...
muito legal seu blog!
até mais!

PenseaRespeito* disse...

É o próprio. Carlos Arthur Nuzman foi jogador de vôlei, presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) por 21 anos e hoje é presidente do COI (Comitê Olimpíco Brasileiro) desde 1995. São 34 anos como Dirigente esportivo.
Tem sim grande participação no "Boom" do vôlei no Brasil, muito embora tenha tido a sorte de contar com gerações talentosoas do esporte e da televisão, além do mais nesse tempo todo fazer algo de bom é o minimo que se espera. Reconhecer e agradecer sim, mas o trabalho tem que visar sempre o positivo.
Na minha opinião pódio não é lugar de dirigente. O cargo exige profissionalismo, preparo, sobriedade nas atitudes, transparência nos resultados. É necessária uma alternância de pessoas nesses cargos, para se dar chance a novas idéias. Permanência de 20, 30 ou mais anos nesse tipo de cargo cheira a perpetuação, a pessoa se sente o próprio rei da cocada preta, a palavra vira lei, o desmando e o desleixo acaba vindo fácil. Manja o "comigo ninguém pode"?

Valeu o comentário Fábio!
Abraço!