Quem nunca ouviu a frase:
" Brasil o país do futebol."
Obviamente sendo a terra do futebol, o quão poderosa não é a figura que comanda o esporte no país?
No Brasil poder é sinômino de Ricardo Teixeira. A influência do chefe da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é tamanha que até mesmo a igualmente poderosa Rede Globo, em troca de vantagens como direitos de transmissão, procura apoiar e acobertar seus desmandos.
Clubes, emissoras de televisão ou instituições quaisquer que tenham intenções contrárias as de Ricardo Teixeira pagam caro pela ousadia. O São Paulo Futebol Clube é claro exemplo. O clube paulista ousou pensar diferente e mesmo tendo uma arena já pronta para futebol, perdeu a chance de ser sede da Copa do Mundo, em contrapartida, com a aliança de seu presidente a Ricardo Teixeira, o Corinthians hoje constrói do zero o Estádio paulista para o evento de 2014.
Ricardo Teixeira herdou a CBF do genro João Havelange que por sua vez é dirigente imortal do futebol mundial. Observando a coisa toda de fora, parece tudo mesmo um negócio vitalício.
Desde sempre ouve-se falar em irregularidades nas administrações tanto de genro quanto de sogro, porém nada é investigado como se deve. Havelange e Teixeira juntam-se a figuras como Paulo Maluf e tantos outros que são acusados de tudo e penalizados por nada. São prova viva de que poder inocenta de qualquer crime no Brasil.
Para essas pessoas, a quase certeza de impunidade e contestação fazem crescer uma sensação de onipotência. O tal comigo ninguém pode.
A realidade se deforma de tal maneira que confrontar gente poderosa é surpreendente, tornando-se na visão do "inatingivel" profunda falta de respeito. Chega a ser engraçado.
Recentemente parece haver uma pessoa (poderosa) que não reconheça a irritante supremacia Teixeira. Dilma Roussef, a presidenta do Brasil, mostra-se avessa a figura do presidente da CBF.
Para tratar de assuntos pertinentes a Copa do Mundo de 2014, a mulher forte do país, prefere tratar diretamente com dirigentes da Fifa (Federação Internacional de Futebol), não dando a importância que Teixeira acredita ter.
Tal atitude é inicialmente digna de aplausos, porém, um pé atrás sempre fica. O repúdio de Dilma a Ricardo Teixeira seria realmente uma luz no fim do túnel ou mera manobra política? Pense a respeito.